quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Seminário Temático

Não teremos aula em 05/11/2013, pois este dia foi reservado para discutir a avaliação institucional. Para isso a prefeitura disponibilizou alguns documentos para, coletivamente, pensar esta avaliação.
Apesar de tomarmos ciência tardiamente destes documentos, apresentamos aqui a carta de princípios:

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS
Secretaria Municipal de Educação de Campinas
Conselho Gestor da Avaliação da Rede Municipal de Ensino

O desenvolvimento de processos de avaliação em redes de ensino, escolas e salas de aula é um processo bastante requerido no cenário nacional. As experiências em relação a esta temática têm revelado, entretanto, que é necessário que os princípios orientadores dos processos de avaliação sejam construídos e conhecidos por todos, de forma a conseguir o maior envolvimento possível de todos no processo. Com este objetivo foram organizados e apresentados abaixo os princípios que deverão nortear os trabalhos de avaliação ora em pauta. Eles são os seguintes:

1
A avaliação educacional é um processo de reflexão coletivo e não apenas a verificação de um resultado pontual. Esta é a maneira mais adequada de se pensar a avaliação em quaisquer níveis: como processo destinado a promover o permanente crescimento. Há que se medir, mas esta não é a parte mais importante; há que se avaliar – esta sim é fundamental. Avaliar é promover no coletivo a permanente reflexão sobre os processos e seus resultados, em função de objetivos a serem superados. Avaliar supõe em algum grau e de alguma forma, medir. Mas medir, certamente, não é avaliar. Portanto, a avaliação é uma categoria intrínseca do processo ensino-aprendizagem, por um lado, do projeto políticopedagógico da escola, por outro. Não pode ser separada dele como se pretende com as avaliações centralizadas. Ela só tem sentido dentro da própria organização do trabalho pedagógico do professor e da escola. Há, portanto, que se reafirmar a confiança no professor e na escola. A avaliação deve ser feita pelo e para o professor/aluno e só, secundariamente, deve ser um “dado” para o sistema. Não se mede ou se avalia para o sistema, mas sim para o professor e seu coletivo imediato – a escola. As mudanças necessárias devem ser processadas ao nível do projeto político-pedagógico da escola, discutido e implementado coletivamente, ao amparo do poder público.
 
2
Existem várias definições para “qualidade” de ensino. Assume-se aqui, tentativamente, que a qualidade é entendida como o melhor que uma comunidade escolar pode conseguir frente às condições que possui, tendo em vista os objetivos de servir a população naquilo que é específico da educação: formação e instrução. Além de ‘resultados’ estão em jogo tanto as ‘finalidades do processo educativo’ como as ‘condições’ nas quais ocorre. A qualidade não é optativa no sérvio público. É uma obrigação. Entretanto, as condições oferecidas para se conseguir esta almejada qualidade devem ser levadas em conta como em qualquer outra atividade humana. Não se desconhecem aqui os limites que uma sociedade desigual e injusta impõe para o trabalho dos profissionais da educação. Mas também não se desconhece a responsabilidade que a educação tem enquanto um meio de emancipação e de propiciar melhores oportunidades de inserção social a amplas parcelas da população marginalizadas ou não.
 
3
Qualidade, portanto, não deve ser vista apenas como ‘domínio de português e matemática’, mas além disso, incluir os processos que conduzam à emancipação humana e ao desenvolvimento de uma sociedade mais justa. Neste sentido, a qualidade da escola depende, também, da qualidade social que se consegue criar no entorno da escola. A escola não pode dar conta de gerar eqüidade se fora dela se gera ineqüidade, desigualdade, violência, insegurança e revolta. Não menos importante, portanto, é a dimensão emancipadora dos processos avaliativos que visa inserir as professoras(es) e as crianças em seu tempo e espaço, bem como dotá-las de capacidade crítica e criativa, para superar seu tempo – a capacidade de auto-organizar-se para poder organizar novos tempos e espaços. Os processos avaliativos, longe de serem apenas aperfeiçoamento de resultados acadêmicos, visam criar sujeitos autônomos pelo exercício da participação em todos os níveis. Formar para transformar a vida e instruir para permitir o acesso ao saber acumulado são aspectos indissolúveis do ato educativo.
 
4
O desenvolvimento do sistema de avaliação proposto contempla três níveis simultâneos: construção da avaliação ao nível de sala de aula (ensino-aprendizagem); construção da avaliação ao nível institucional (Escola); construção da avaliação do sistema ou do conjunto da rede (Secretaria). A adesão das Escolas à avaliação do nível do ensinoaprendizagem (sala de aula) e no nível da avaliação institucional (escola) é optativa. O terceiro nível (sistema) é de responsabilidade do poder público. Os níveis 1 e 2 são os mais importantes.
 
5
Nenhuma das ações de avaliação deve conduzir a “ranqueamentos” ou classificação de escolas ou profissionais e muito menos deve conduzir à premiação ou punição. Os dados são produzidos nos vários níveis com o objetivo de serem usados pelos interessados na geração de processos de reflexão local e melhoria da escola. Rejeita-se a idéia de uma avaliação cujos dados são direcionados apenas para alimentar os órgãos centrais sem que sejam utilizados por aqueles que conduzem o dia-a-dia da atividade pedagógica. Como princípio geral, as ações de avaliação dentro ou fora da sala de aula não se destinam a punir ou classificar, mas sim a promover.
 
6
O processo avaliativo deve ser construtivo e global. Ele envolve participantes internos (professores, alunos, especialistas, funcionários administrativos) e participantes externos (sociedade, pais, empregadores). Trata-se de um processo que deve combinar autoavaliação, avaliação por pares e também um olhar externo.
 
7
Ao nível da avaliação da rede ou do conjunto do sistema o compromisso é de ser usar técnicas modernas que permitam levar em conta tanto os resultados obtidos como as condições em que eles foram obtidos. Ao nível das Escolas, portanto ao nível da avaliação institucional, a técnica de base será a auto-avaliação seguida pela avaliação baseada em pares – ou seja, seguida pelo diálogo entre escolas e por fim com a sociedade. Ao nível do ensino-aprendizagem devem ser disponibilizados conhecimentos para que os professores possam criar estratégias específicas de avaliação, preservando a autonomia profissional e valorizando a atuação responsável do professor no processo pedagógico.
 
8
O projeto parte do suposto básico de que a avaliação não deve ser um instrumento de controle sobre a escola e os profissionais da educação, mas sim um processo que reúne informações e dados para alimentar e estimular a análise reflexiva das práticas em busca de melhorias, desde a sala de aula até a Secretaria Municipal, passando pelas Escolas.
 
9
Dessa forma, o ‘modelo’ de qualidade e seus ‘indicadores’ deve ter legitimidade técnica e política e ser produzido coletivamente com as escolas da Rede Municipal, a partir da prática. A realização de audiências públicas contribui para uma primeira aproximação dos indicadores de forma a iniciar este processo de construção e permitir a obtenção dos primeiros dados, com vistas a definir os esforços preliminares.
 
10
Todo processo deve ser acompanhado por um Conselho Gestor do Sistema de Avaliação de constituição tripartite: Universidade, Secretaria Municipal e representantes de Escolas.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Diretrizes Curriculares de Campinas para a Educação Infantil

Essa é uma apresentação feita pelas Coordenadoras Pedagógicas sobre a Diretriz Curricular do Municipal para a Educação Infantil: 


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Avaliação da Escola

A Secretaria da Educação está realizando discussões sobre a avaliação da qualidade da escola. Para isso está realizando encontro com especialistas, professores, monitores e familiares. O encontro com especialistas (diretores, vice diretores, orientadores e coordenadores) e representante dos professores já aconteceu. Agora no dia 24/10/13, das 8h30min as 11h30min, ocorrerá o encontro com representantes dos monitores/agentes, no mesmo dia, das 14h as 17h, ocorrerá o encontro com representantes dos demais funcionários da escola. Com os representantes das famílias das escolas o encontro será no dia 25/10/13, das 18h30min as 21h30min, no Salão Vermelho da Prefeitura. Se você tem interesse em participar contate a sua escola...
Essa é a apresentação que foi discutida:


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Por que sou professor?

http://www.mundojovem.com.br/poesias-poemas/professor/por-que-sou-professor

Professor
Sou professor
porque professo e faço aquilo que acredito
sem medo de sonhar e de errar...
Não me curvo às impossibilidades calcificadas
sem antes ter experimentado os primeiros passos,
os primeiros tombos, os primeiros erros...
Sou professor porque tenho fome.
E quando se tem fome de conhecimento,
entende-se porque a semente é tão necessária...
Sou professor porque tenho sede.
Não uma sede temporária que qualquer alegria sacie,
mas uma sede de infinito
que ultrapasse os limites do meu coração
e transborde o coração daqueles a mim confiados...
Sou professor
porque minha alma não se contenta com mesmices,
não aceita nada pronto, definitivo e acabado.
Sou professor
porque tenho a possibilidade de criar e de recriar a vida,
de pôr os pontos e as vírgulas onde eu bem entender
e assim ter a possibilidade de produzir, a cada dia,
o melhor texto da minha vida...
Sou professor
porque desejo e busco um mundo menos alienado,
de pessoas que pensam e que fazem,
de cidadãos conscientes que promovam a vida
ao invés de a destruírem.
Sou professor porque acredito no ser humano
e na sua infinita capacidade de aprender,
de amar e de alcançar seus objetivos.
Não quero obrigação naquilo que faço. Poderá doer muito. Quero amar o que faço
porque a minha ação ninguém fará por mim.
Sou professor porque sem mim os médicos não curariam,os pintores não criariam suas obras,
os engenheiros não construiriam,
os motoristas errariam os caminhos,
os padeiros não preparariam o pão da manhã
e os pilotos não voariam pelo infinito...
Sou professor porque tenho nas mãos
o poder de transformar,
a magia de criar sonhos e de fazê-los reais...
Sou professor porque tenho coragem.
Coragem para desafiar limites,
para acreditar naquilo que parece impossível.
Coragem para derrubar as barreiras da ignorância,
mesmo sabendo da crueldade
com que são tratados aqueles que lutam e,
principalmente, aqueles que lutam
para devolver ao homem a sua dignidade perdida...
Sou professor porque abraço os desafios.
Os medrosos não ousariam lutar contra si mesmos...
Sou professor porque tenho fé.
Fé na vida, fé em gente, fé no que faz.
Fé é a mola propulsora de qualquer atitude.
Sem ela, seria impossível permanecer vivo.
Sou professor porque Deus me soprou ao ouvido
e me convenceu de que um mundo melhor
poderia nascer de minhas mãos.
Sou professor porque tenho sangue correndo nas veias.
Me visto de vida todos os dias
e na minha mala não levo somente livros, diários e giz.
Levo esperança e luz.
Sou professor. Me orgulho de sê-lo!
 
Fábio Gonçalves
Água Boa, MG