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Centro de Educação Infantil "Pezinhos Descalços"


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O Centro de Educação Infantil Pezinhos Descalços fica entre a Praça Recanto das Águas e a sede da Associação de bairro do Jardim Carlos Lourenço. O Jardim Carlos Lourenço é um bairro de aproximadamente 28 anos, relativamente próximo ao centro da cidade, com fácil acesso pela Rodovia Dom Pedro I, através da Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira. Tem por bairros vizinhos o Jardim das Andorinhas, Jardim Itatiaia, Jardim Itayu, Jardim New York, Jardim Santa Eudóxia, Jardim Tamoio entre outros. No ensino fundamental a região conta com a escola municipal EMEF Leonor Savi Chaib e EE Julia Luis Ruet, o centro de saúde que atende a região é o Orozimbo Maia e o Esmeraldina. Há também um Pronto Socorro sendo construído.

Nome:CEMEI PEZINHOS DESCALCOS
Endereço:R PROF JOSE JORGE FILHO 90 JD CARLOS LOURENÇO
CEP:13101-448
Fone/Fax:3253-6118 / (19)3253-6118
E-mails:emei.pezinhos@campinas.sp.gov.br


Autorização de Funcionamento:CRIAÇÃO: DECRETO Nº 17.832 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2012
Horário de Funcionamento da Unidade:07:00:00 às 18:00:00

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
INTEGRAL: 07:00:00 às 18:00:00

INTEGRAL:AGRUPAMENTO I, AGRUPAMENTO II


CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE EDUCACIONAL

- Por que pezinhos descalços?
O Projeto Pedagógico mais antigo encontrado nos arquivos da unidade foi o de 1995, ano em que a instituição ainda funcionava na sede da associação de moradores do Jardim Carlos Lourenço, mas é no Projeto Pedagógico de 2007, em um texto com o título de “Resgatando o nosso caminho...”, que encontramos informações sobre a origem da escola. Nos idos de 1988
"começa a funcionar na sede da Associação de Moradores do Bairro. Tudo era muito precário, não existiam mesas, cadeiras, armários, pratos e talheres, etc. Os pais se mobilizaram e conseguiram o essencial para o início das aulas, As mães ajudavam na limpeza e alimentação. A primeira professora Lilian Sebastião decide pelo nome “Pezinhos Descalços”, pois seus alunos vinham para a escola descalços. Antes de a prefeitura assumir as três escolas, todas as classes de educação infantil pertenciam a FUMEC (Fundação Municipal para a Educação Comunitária). Antes de esse nome, denominava-se MOBRAL e depois Fundação Educar." (PP 2007, p.3)
- Transformações ao longo do tempo
Considerando a data acima como correta (1988), no ano de 2013, a unidade educacional completou 25 anos de existência, tendo seu início quando o bairro ainda tinha uma estrutura pouco desenvolvida, com ruas de terra e muitas casas em construção. No prédio da associação, construída em mutirão pelos moradores do Jardim Carlos Lourenço, a escola de educação infantil passou a funcionar com iniciativa da comunidade.
Vai ser em 1997 que o “Pezinhos Descalços” vai funcionar em sua própria sede, construída pela prefeitura seguindo um modelo padrão para a época. A escola, junto com as unidades Comecinho de Vida e o Cemei Iniciação, passou a fazer parte de um Centro Integrado, o CIMEI 33.
No decorrer dos anos, assim como os bairros no entorno, as características desta unidade foram se alterando.  Inicialmente o “Pezinhos Descalços” funcionava como um EMEI, uma Escola Municipal de Educação Infantil, atendendo crianças de 4 a 6 anos, que eram separados em turmas de Maternal, Infantil e Pré-escola. Enquanto estava na associação de moradores atendia entre 115 a 135 crianças, até a inauguração do novo prédio em 1997, a partir de 1998 o número total de crianças atendidas aumentará, chegando em 2002 a atender 334 crianças.
Em 2003 é implantada a política dos agrupamentos na rede municipal de ensino e são colocadas na mesma turma as crianças com idades entre quatro a seis anos (agrupamento 03). Na avaliação institucional presente no projeto pedagógico daquele ano esta política vai ser classificada como um retrocesso, “voltando a trabalhar com o assistencialismo”. Contudo, as mudanças não pararam por ai, no Pezinhos Descalços foi-se reduzindo ano a ano a faixa etária de atendimento, pois o prédio da unidade tinha a estrutura para crianças menores de quatro anos. O prédio possuía uma lavanderia (que nunca funcionou como lavanderia), duas salas com banheiros integrados e solário. Deste modo, levando em conta o número reduzido de alunos no novo prédio do Comecinho de Vida e o aumento da demanda de vagas na região por Agrupamento 01 e 02 (crianças de 0 a 3 anos) foi organizada esta alteração.
Em 2008 a unidade fecha uma sala de Agrupamento 03 da tarde e passa a atender uma sala de Agrupamento 02, com crianças de 1,7 anos a 3 anos. No ano seguinte passa a ter uma sala de Agrupamento 01, com crianças de 3 meses a 1,6 anos. Em 2010, além das três salas em cada período de Agrupamento 03, passa a ter duas salas de integral, sendo uma de agrupamento 01 e a outra de agrupamento 02. Em 2011 a unidade reduz o número de agrupamentos 3 para duas sala em cada período. Em 2013 o ciclo se fecha, sendo uma das razões das diversas crises registradas em 2012 entre gestão, funcionário e famílias, pois ocorre o fechamento de todas as turmas de Agrupamento 03, que são transferidas para o EMEI Comecinho de Vida, e o Pezinhos Descalços passa atender somente os agrupamentos 1 e 2.
Junto com essa mudança ocorre o desmembramento do CIMEI 33, assim o Pezinhos Descalços ganha independência administrativa em 2013, passando a contar com os cargos de direção e vice-direção exclusivos da unidade. A EMEI Iniciação é fechada em 2006, com a justificativa de não ter demanda de alunos.
Organização do Atendimento
ANOFUNCIONAMENTO
1988Começa a funcionar nas dependências da Associação de Moradores.
Maternal - 4 anosInfantil - 5 anosPré-Escola - 6 anos
1997
É inaugurada sede própria com estrutura para crianças de 0 a 3 anos.
Maternal - 4 anosInfantil - 5 anosPré-Escola - 6 anos
2003
Implantada a política de agrupamentos (AG).
10 - AG3/ parcial
2008
8-AG3/parcial

1 AG2/integral
Primeiros monitores começam a trabalhar na unidade.

2009

6-AG3/parcial

1-AG1/integral

1-AG2/integral

2010

4 – AG3/parcial

1 – AG1/integral

1 – AG2/integral

2 – AG2/parcial

2011

4 – AG3/parcial

1 – AG1/integral

1 – AG2/integral

2 – AG2/semiestendido
2013
Crianças do AG3 são transferidas para o Comecinho e um decreto de 2012 garante uma conquista: a separação do bloco do CIMEI 33.
1 – AG1/integral3 – AG2/integral2 – AG2/parcial
2015
Todas as turmas passam a ser integrais e o antigo bloco volta a ser editado por resolução, mas nenhum dos diretores se removem.
1-AG2/integral4-AG2/integral

É por esta razão que nos diversos registros da prefeitura a unidade ainda está identificada como EMEI Pezinhos Descalços (inclusive em seu e-mail). Mas o nome oficial que aparecerá nos documentos da unidade será de Centro de Educação Infantil "Pezinhos Descalços", ou de apenas, CEI Pezinhos Descalços.

- População atendida
A região atendida pela escola também passou a ser maior, como aparece na tabela abaixo*, o Jd Carlos Lourenço agora é apenas o quarto bairro no número de crianças matriculadas:
Bairros atendidos
BAIRRO
% de Crianças

BAIRRO
% de Crianças
1 - JD ANDORINHAS
23,77%
JD ITAYU
5,74%
2 - JD ITATIAIA
20,49%
JD SÃO FERNANDO
2,46%
3 - JD TAMOIO
17,21%
JD AMAZONAS
0,82%
4 - JD CARLOS LOURENÇO
13,93%
JD SAMAMBAIA
0,82%
JD STA EUDÓXIA
7,38%
VL STA ODILA
0,82%
JD NEW YORK
6,56%


*Dados extraídos do sistema integre em fevereiro de 2015.

- Características da região
A região cresceu e se desenvolveu, atendida por transporte público de ônibus, de característica eminentemente residencial, com quatro grandes condomínios de prédios na região, servido por um considerável número de comércios em suas principais ruas, agora asfaltadas. Este número de moradores mantém uma rede de serviços locais, são mercados, padarias, farmácias, açougues, lanchonetes, sorveterias, papelaria, algumas oficinas de serralheria e de roupas, entre outras. 

 - Problemas da região
Se a região avançou bastante, contudo ainda encontra muitos problemas com infraestrutura: 
- Há ainda ruas sem asfalto na região, com moradias improvisadas sem saneamento adequado, sendo algumas feitas de madeira; 
- O parque recanto das águas ao lado da unidade tem uma estrutura muito limitada para usufruto da população; 
- O pronto atendimento de saúde em construção é uma obra abandonada, fazendo com que a população se desloque para serem atendidos nos centros de saúde Orozimbo Maia e Esmeraldina. 
- Com a construção de diversos condomínios de prédios na região, sem a ampliação de vagas na educação infantil, houve o aumento da demanda por Agrupamento 01 e 02, sendo que em 2014 a lista da única sala do Agrupamento 1 do Pezinhos, com capacidade de 24 crianças, terminou o ano com 162. 
- Frente a estas situações a associação de moradores, que já foi fundamental para a existência da unidade, não tem mais força para mobilizar a população para lutar pelos interesses coletivos.
- As crianças já não chegam mais descalças, mas também não apresentam mais a cultura de brincadeiras tradicionais que ocorriam na rua, como pular-corda, brincadeira de roda, cantilenas infantis, pega-pega, cinco-marias, bolinha de gude, entre outras. Nesse sentido o espaço da rua, da casa do vizinho, do campinho de terra, que oferecia experiências coletivas entre as crianças, permeadas pela cultura daquelas brincadeiras é raro.

 - Avanços dos Pezinhos
O CEI Pezinhos Descalços deu muitos bons passos após a separação administrativa do CIMEI 33, pedagógicos e estruturais. 
- Agora todas as turmas são em período integral; 
- Reorganizado o espaço externo, de modo que as crianças tenham locais apropriados para explorar, brincar e interagir; 
- Reformado todos os banheiros das crianças com equipamentos adaptados; 
- Pintado e reorganizado os espaços das salas de aula, com materiais e equipamentos próprios para o universo infantil, dispostos em sua maioria na altura das crianças, com cestos, espelhos, brinquedos e cortinas adequadas ao sono do meio dia; 
- Investimento em formação dos educadores, percebidos nas atividades desenvolvidos com as crianças que são expostas nos painéis e mobiles por toda escola, assim como nas atividades do ano de 2014, aonde as datas comemorativas não foram mais o norte do trabalho, mantendo apesar disso os fazeres pedagógicos planejados: como passeios no entorno da escola e fora dela, eventos envolvendo as famílias e duas festas ligados ao projeto da escola aos sábados, que foram assumidos pela equipe educativa; 
- Criado unidade executora própria para gestão dos recursos financeiros, com participação efetiva do conselho de escola nas deliberações sobre os investimentos da escola; 
- Reorganizado a documentação, livros burocráticos e os acordos internos, sustentando-os principalmente no princípio da supremacia do interesse público, que é a educação da criança pequena, buscando realizar o melhor trabalho, dentro das possibilidades existentes;
- Mudamos sem sem sair do lugar, pois a prefeitura reorganizou as escolas e o CEI Pezinhos Descalços, junto a outras unidades, passou a fazer parte do Núcleo de Ação Educativa Descentralizada da região Leste, o que consideramos um avanço.

 - Problemas dos Pezinhos
Por um lado a escola caminhou, mas em alguns pontos não saiu do lugar, como exemplo:
- Temos na lista de necessidades e previsões de reformas apontamentos existentes desde a inauguração da unidade em 1997, como a construção de um espaço coberto externo. 
- Temos ainda a orientadora pedagógica com seu cargo compartilhado nas duas unidades de educação infantil do antigo CIMEI 33, tendo que organizar o seu tempo de trabalho em duas realidades pedagógicas distintas, sem condição de atender plenamente todos os dias da semana as demandas e necessidades existentes. Atualmente no "Pezinhos" a direção da escola conta oficialmente com a Orientadora Pedagógica em dois dias da semana (4ª e 5ª feira), que precisa neste tempo planejar e acompanhar: duas reuniões semanais de formação com os monitores e agentes de educação infantil; a Reunião semanal com professores (Trabalho Docente Coletivo-TDC); a organização das Reuniões Pedagógicas de Avaliação Institucional (RPAI); as Reuniões trimestrais entre Família e Educadores (RFE); a reunião semanal da equipe gestora; o atendimento de casos específicos junto a família e os educadores; o acompanhamento e orientação do planejamento e das avaliações das crianças de cada agrupamento; o acompanhamento dos espaços e coordenação de esforços para o seu uso pedagógico; sempre procurando manter visitas nas salas no cotidiano; favorecendo os registros e suas diferentes formas de desenvolver a autoria do trabalho, afim de coordenar a elaboração, a sistematização, a implementação e a avaliação do projeto coletivo da escola. Além disso, frente a este projeto coletivo de escola, há todos os funcionários terceirizados, que ao trazerem um olhar caseiro, doméstico, necessitam de apoio para desempenharem seus afazeres e contribuir com a intencionalidade pedagógica. Movimento buscado através do diálogo e da formação, tendo por centralidade o trabalho com as crianças. Um movimento que precisa ser levado em conta considerando as 5 salas de funcionamento integral, os 22 cargos de educadoras que deveriam estar completos, chamadas de agentes de educação infantil ou monitores infanto-juvenis, as 5 professoras, as 4 cozinheiras, as 3 funcionárias de limpeza, o vigilante e o zelador, além da equipe gestora, para cuidar de 132 crianças de zero a três anos, que ficam de manhã e de tarde, e ainda atender suas famílias.
CARGO
Nº NECESSÁRIO
EXISTENTE
Monitores/Agentes
22
18
Professoras
5
5
Especialistas
3
1,5
Limpeza
3
3
Cozinha
4
4
Zelador
2
0
-  A unidade tem uma demanda de atendimento grande na secretaria/direção, com famílias que ligam ou que precisam ser contactadas constantemente para falar sobre seus filhos, comunidade que comparece para fazer o cadastro de interesse por vaga, equipe educativa que busca a secretaria/direção para fazer bilhetes, solicitar materiais e falar sobre situações e projetos da sala de aula; isso entre outras tantas demandas para ser atendida, seja da unidade, seja da própria SME. Apesar disso não conta com um funcionário para apoiar o trabalho na secretaria/direção, tendo que buscar desde 2013 um processo para conseguir servidor para substituir a vice-direção e oferecer o acompanhamento do trabalho, durante todo o horário de funcionamento do Centro de Educação.
- Neste movimento, infelizmente, ao final do ano de 2014, um grande passo foi dado para traz, quando uma resolução reativou o antigo bloco do CIMEI 33, unindo administrativamente novamente o CEI Pezinhos Descalços (132/264) com o CEI Comecinho de Vida (300). Situação que só não se efetivou na prática ainda porque, de comum acordo, nenhum dos dois diretores se removeram dos seus cargos. 

Recursos físicos e materiais

O PEZINHOS conta com cinco salas de aula, duas salas  com banheiro e solário integrados (nº 01 e 02) e mais três salas (nº 03, 04 e 05), que são atendidos por dois banheiros que ficam próximos. As duas salas ao fundo são espaçosas, com armários de alvenaria e aço, já a sala que fica em frente ao banheiro é de dimensão reduzida e não tem acesso direto a área externa.
As três salas do fundo possuem uma grande lousa com cortiça e embaixo um mural de azulejo e todas as salas, com exceção da sala do AG2C/AG2E, possuem portas dando para a área externa, quase todas contém um conjunto de mesas e cadeiras para as crianças, e prateleiras com brinquedos e colchonetes. Os corredores na saída das salas se encontram no refeitório, que fica no centro do prédio. Na frente do refeitório há duas portas de saída e do outro lado é servido por uma cozinha ampla com dispensa.
Há uma diretoria com banheiro próprio e armário para guardar os documentos, com computador, impressora e duas mesas usadas pela direção e vice direção, na extremidade da sala há uma mesa para oferecer um atendimento mais pessoal às famílias, educadores e mesmo para as reuniões gestoras, costumeiramente é usada pela orientadora pedagógica.
Há uma sala, originalmente uma lavanderia, que atualmente está sendo utilizada como refeitório dos funcionários, sendo também um espaço de acesso entre o refeitório e o parque lateral.
Ao lado da cozinha, pelo lado externo, dois banheiros para uso dos funcionários, com um mezanino e prateleiras, estes banheiros se encontram em situação ainda precária.
No lado externo são utilizado quatro espaços para atividade das crianças, (1) um espaço com árvores que fazem sombra na frente da unidade, um bosquinho; (2) no lado esquerdo do prédio tem um espaço de areia com casinha, balanças, centopeia e gira-gira; (3) na frente da secretaria há alguns brinquedos espalhados, aonde normalmente são utilizados os triciclos pelas crianças; (4) e no lado do fundo há um tanque de areia, balanças, um trepa-trepa e um gira-gira adaptados para as crianças pequenas, ligado a um pequeno campinho aonde as crianças brincam de correr e de bola.
A U.E. possui um aparelho de televisão para cada sala, sendo três aparelhos antigos, há aparelhos de som portáteis para uso de todas as turmas, sendo que alguns precisam de manutenção ou ser trocados. Há também outro aparelho de som de maior capacidade que fica no refeitório para som ambiente. A unidade possui um acervo de livros infantis em baús nas salas e em um armário no refeitório, brinquedos que estão sendo renovados semestralmente e outros materiais adequados à faixa etária que atendemos.

CARACTERIZAÇÃO DOS ALUNOS

(...) respeitar a especificidade do seu momento de vida infantil significa preservar seu modo poético de abarcar o vivido, sua maneira imediata e lúdica de enfrentar o mundo e a si mesma. Implica considerar pedagogicamente o modo singular de cada criança no seu encontro com o mundo, maravilhando-se ou horrorizando-se criando e inventando significados que ultrapassam o sentido único, no desafio de conhecer a si própria, no ato de imaginar, interpretar e constituir realidades. O modo poético é como a criança expressa seu jeito simultaneamente particular e universal de ser e estar no mundo, seu jeito de falar do mundo como uma maneira de falar de si 1.

Crianças são poesias. Expressam de maneiras distintas, sentimentos, pensamentos e sensações, cada uma com uma beleza estética própria, experienciando o seu verso da vida de forma singular. Enquanto característica do grupo de crianças matriculadas, não enquanto traço singular, temos números, locais, declarações de etnia e gêneros, indicadores que podem fazer sentido (ou não), mostrar ou ocultar particularidades, dependendo do quanto eu conheço o contexto e os significados que estas características representam para cada criança e para cada família.
Até o dia 21 de maio, das 131 crianças matriculadas, 79 são meninos e 52 são meninas. Nenhum deles apresentou necessidade especial dentro das indicações do sistema integre, mas temos crianças que requerem cuidado especial, uma por conta de microcefalia, cinco com restrições alimentares e uma por dermatite grave. Com relação à etnia, 80 famílias declararam que seus filhos são brancos, 11 negros, 34 pardos e 06 preferiram não informar. Como discorrido anteriormente estas declarações revelam só parte da situação, pois há um grande vazio quando se trata do sentido e significado de se reconhecer como uma coisa ou outra.
A situação de ano e mês de nascimento das crianças, tendo em conta que a data de aniversário é comemorada na escola, se encontra no quadro abaixo:

Iniciamos as atividades educativas com uma reunião com as famílias, com uma participação em um número razoável, quando foram apresentados os profissionais, a necessidade de adaptação das crianças, o espaço físico e as regras de convivência entre o Centro de Educação e as famílias. As famílias em sua maioria se mostraram compreensivas, acolhendo as propostas e participando das atividades. Contudo, tem sido preocupante a postura de algumas famílias que apresentam a dificuldade de entender a diferença entre o cuidado/educação das crianças em casa e na escola. 
No espaço da escola a criança precisa dividir a atenção com outras crianças, e para ser atendida em suas vontades, quando é o caso, precisa fazer-se entendida. A relação com o adulto vai ser mais pontual, sendo mais constante a relação com seus pares. Esta transição entre o espaço cultural da casa para o espaço da escola tem sido difícil, principalmente, para estas famílias, que esperam que o cuidado que eles tem com o seu filho seja reproduzido na escola.

1 RICHTER apud DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 2013, p. 15-16.

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